O Grupo


No ano de 2002, o Grupo de Ópera Canto Dell’Arte foi criado com o principal objetivo de trazer a ópera a Natal, que até então, não possuía grupo algum no gênero, apesar da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN, instituição mais conhecida pelo ensino musical do Estado) oferecer várias disciplinas que enfocam o estudo da música erudita (sejam estes cursos técnicos ou de graduação). O grupo foi criado, inicialmente na Escola de Música da UFRN, tendo na direção do a professora Maria de Agosto Varela; na coordenação, a professora Ângela Rios, regendo o grupo, Glauberto Albuquerque.
Desde 2011, o grupo migrou para o Departamento de Fonoaudiologia da UFRN, e tem como coordenador a Prof. Dra. Maria de Jesus Gonçalves, e desde 2014 tem  a regência do maestro Bruno Araújo e desde 2016 a coordenação de pesquisa do Prof. Dr. Lenin Campos.

A proposta do grupo é mostrar ao povo potiguar que a ópera não é um espetáculo elistista. Seja porque as pessoas das mais diversas classes sociais podem ter acesso a um concerto de ópera gratuitamente ou adquirindo o ingresso por um preço acessível, e também porque a linguagem da ópera não apenas acessível a uma classe social mais culta, mesmo com peças composta há séculos atrás, elas apresentam problemas sociais, pensamentos e sentimentos comuns às pessoas de nosso cotidiano, que podem se conectar com qualquer pessoa independente do seu conhecimento em história da música, da arte cênica e da humanidade.
Outro objetivo do grupo de ópera visa a formação de cantores, tanto para solos, quanto para os coros, e para isso, os cantores recebem aulas de técnica vocal e de teoria musical básicas, além de aulas de expressão corporal.


Óperas e Musicais.

Dido e Enéias de Henry Purcell foi a primeira ópera completa foi apresentada em 2003 na cidade de Natal pelo Grupo de Ópera Canto Dell’Arte e foi reapresentada em 2005. Nos anos seguintes, o grupo também apresentou As Bodas de Fígaro e Bastien e Bastienne de Mozart (2006) e, em seguida, apresentou-se Orfeu e Eurídice (2007) de Gluck. São também apresentadas as Cenas Líricas que são recitais com músicas de várias óperas em períodos aleatórios.
As Cenas Líricas foram, inicialmente, apresentadas como um recital formal onde os solistas cantavam as árias com acompanhamento de piano e se havia coros, a formação era em arco. Atualmente, as Cenas Líricas possuem nomes diferenciados com histórias fictícias em português, criadas pelos próprios componentes do Grupo de Ópera e em meio às histórias, são inseridas as árias de óperas e os coros com legendas, que facilitam a compreensão do público em relação a música que está sendo cantada.
A primeira Cena Lírica neste novo formato foi o Amor a la Carte, uma história retratada em um restaurante e que se passa no dia dos namorados, montada em 2008. A segunda foi A Morte da Soprano, onde uma cantora morre misteriosamente e os cantores do espetáculo são entrevistados até descobrirem como a soprano morreu, montada em 2010, 2011 e 2013. Ambas as peças foram produzidas e escritas pela professora Maria de Agosto Varela e pela cantora Andressa Hazbun com extratos de obras de Purcell, Gluck, Mozart, Rossini, entre outros, sendo esta última baseada nos contos de Aghata Christie.
Em 2015 reapresentamos a ópera Dido e Enéias, de Henry Purcell e em 2016 apresentamos um concerto, em conjunto com o grupo Poetas Líricos, com extratos de óperas como Carmen, de Bizet, La Traviata e Nabucodonosor, de Verdi, As Bodas de Fígaro, de Mozart, e Os Contos de Hoffman, de Offenbach